O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) registrou queda de0,53% em julho, frente a junho na série com ajuste sazonal, resultado abaixo daexpectativa do mercado (-0,20%)1. Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, no entanto, houve avanço de 1,15%; culminando no crescimento de 3,54% nos últimos12 meses e de 2,91% no ano.
Em junho, o desempenho negativo foi generalizado na abertura dos setores,sendo as contrações nas seguintes magnitudes: Indústria (-1,07%), Agricultura (-0,82%),Impostos (-0,69%) e Serviços (-0,19%).O índice regional do estado do Rio de Janeiro, por outro lado, voltou a registrar crescimento, seja considerando a variação de 0,82% em relação a junho na série comajuste sazonal ou a de 6,18% frente a julho de 2024, na comparação interanual. Desse
modo, o índice acumulou variação de 1,03% nos últimos 12 meses e de 2,46% em 2025.
A economia brasileira manteve a sequência de queda iniciada em maio (primeiro mês do ano que exibiu contração), continuando a frustrar as expectativas,
que eram de uma queda menos intensa. Os dados recentes corroboram a narrativa que vem sendo construída pelos principais indicadores setoriais do IBGE: a atividadeeconômica reage negativamente a um ambiente macroeconômico mais conturbado — marcado por juros elevados e aumento das incertezas, tanto internas quanto externas. O segundo semestre aponta para reforçar essa tendência, dada a perspectiva de continuada desaceleração, seja pela redução de estímulos à demanda já observada pela desaceleração no crédito, seja pela manutenção do aperto monetário que deverá continuar até sinais mais claros da desaceleração da inflação.
