O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) registrou queda de 0,06% em junho, frente a maio na série com ajuste sazonal, resultado abaixo da expectativa de crescimento (0,05%) do mercado1. Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, no entanto, houve avanço de 1,38%; culminando no crescimento de3,94% nos últimos 12 meses e de 3,20% no ano.
Em junho, o desempenho negativo foi puxado principalmente pelo recuo daAgropecuária (-2,27%) e da Indústria (-0,08%), enquanto os setores de Impostos e deServiços exibiram expansão (0,13% e 0,10%, respectivamente).
O índice regional do estado do Rio de Janeiro registrou queda de 0,06% em relação a maio na série com ajuste sazonal. Na comparação interanual, por outro lado, houve crescimento de 3,39% frente a junho de 2024. Desse modo, o índice acumulavariação de 0,54% nos últimos 12 meses e de 1,71% em 2025.

A economia brasileira manteve a sequência de queda iniciada em maio (primeiro mês do ano que exibiu contração), frustrando qualquer expectativa de uma nova expansão. Os dados recentemente corroboram a narrativa que vem sendo construída pelos principais indicadores setoriais do IBGE: a atividade econômica reage negativamente a um ambiente macroeconômico mais conturbado — marcado por
juros elevados, inflação resistente e aumento das incertezas, tanto internas quanto externas. O segundo semestre iniciou reforçando essa tendência, dada a perspectiva de continuada desaceleração, seja pela redução de estímulos à demanda já observada pela desaceleração no crédito, seja pela manutenção do aperto monetário que deverá continuar até sinais mais claros da desaceleração da inflação.
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