Maioria dos consumidores da Região Metropolitana do Rio adota hábitos sustentáveis no dia a dia

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Pesquisa do IFec RJ mostra que 92% da população fecham a torneira ao escovar os dentes ou lavar a louça para economizar água

A preocupação com o meio ambiente já está presente no dia a dia da maioria dos consumidores da Região Metropolitana do Rio de Janeiro. É o que mostra a mais recente sondagem do Instituto Fecomércio de Pesquisas e Análises (IFec RJ), realizada entre os dias 3 e 9 de julho com 959 entrevistados. Entre as ações sustentáveis mais adotadas está o simples hábito de fechar a torneira ao escovar os dentes ou lavar a louça, prática mencionada por 92,4%.

A reutilização de embalagens, potes e sacolas plásticas aparece logo em seguida, sendo uma realidade para 81,1% dos consumidores ouvidos. O levantamento também revela que 62,8% dão preferência a produtos com menor impacto ambiental, e pouco mais da metade dos entrevistados, 52,7%, costuma separar o óleo de cozinha para descarte adequado.

Outras práticas ainda enfrentam menor adesão, como a separação do lixo seco e orgânico, feita por 42,5% dos consumidores, e a escolha de produtos com embalagens recicláveis, que representa uma preocupação para 39,3% do público.

Apagar as luzes: uma prática comum

A pesquisa mostra ainda que pequenas atitudes seguem amplamente incorporadas à rotina da população. Apagar as luzes ao sair de um recinto é o hábito mais citado. Ele é adotado por 93% dos entrevistados. Em seguida, 75,3% afirmam consumir apenas produtos legalizados, ou seja, que não são contrabandeados e têm procedência conhecida. Optar por transporte público ou bicicleta sempre que possível, no lugar do carro, é prática de 68,5% dos consumidores. Além disso, 61,4% dizem priorizar feiras, pequenos produtores e o comércio local.

Energia solar

O interesse por energia solar cresce entre os consumidores da Região Metropolitana do Rio. Segundo o levantamento, 76% dos entrevistados já utilizam ou demonstram vontade de instalar placas solares em suas residências ou negócios. Entre os 24% que não têm essa intenção, os principais motivos apontados foram o alto custo da tecnologia (5,8%), a falta de interesse (3%) e limitações relacionadas à moradia, como viver em apartamento (2,7%) ou imóvel alugado (0,5%).

A pesquisa mostra ainda que o tema tem ganhado visibilidade social, pois 67,3% dos entrevistados afirmaram conhecer alguém que já utiliza ou manifestou interesse em utilizar placas solares para geração de energia. Esse dado reforça a tendência de crescimento da energia limpa no cotidiano das pessoas, ainda que barreiras financeiras e estruturais continuem sendo obstáculos para parte da população.

Pesquisa de preços e reaproveitamento de alimentos

No campo das escolhas econômicas, os consumidores da Região Metropolitana do Rio demonstram forte adesão a hábitos que contribuem para o uso mais racional dos recursos. A pesquisa do IFec RJ aponta que 88,1% têm o costume de pesquisar preços antes de comprar um produto, enquanto 87,4% verificam a validade e 83,7% checam o estado da embalagem antes da aquisição.

A atenção à eficiência energética também está presente na sondagem. 65,1% priorizam eletrodomésticos que consomem menos energia, enquanto 62,7% leem os rótulos dos produtos e 62% aproveitam sobras de refeições para preparar novos pratos, reforçando uma postura consciente que alia economia doméstica e responsabilidade no consumo.

Hábitos que preservam o meio ambiente

A percepção dos consumidores sobre a preservação ambiental cresceu de 2024 para 2025. No levantamento mais recente, 83,5% dos entrevistados afirmaram que seus hábitos consideram a preservação do meio ambiente, frente aos 82,6% do ano anterior. A proporção dos que responderam negativamente caiu de 11,5% em 2024 para 10,4% em 2025, enquanto os que não souberam responder passaram de 5,9% para 6,1%, indicando estabilidade na consciência ambiental da população da Região Metropolitana do Rio.

Quando o assunto é o consumo responsável, os resultados apontam uma sociedade ainda dividida. Em 2025, 48,9% dos entrevistados disseram dar preferência a empresas que adotam práticas socioambientais, mesmo que isso represente um custo maior. Por outro lado, 51,1% ainda não consideram esse critério determinante na hora da compra, evidenciando que o preço ainda é o principal fator na decisão de consumo para parte significativa da população.

Coleta de lixo domiciliar

A maior parte dos consumidores da Região Metropolitana do Rio afirma que o lixo coletado em suas ruas ainda é misturado, sem separação entre resíduos recicláveis e orgânicos. Segundo a pesquisa do IFec RJ, esse cenário foi apontado por 75,3% dos entrevistados em 2025. Apenas 20,6% relataram que o lixo é tratado corretamente, com a devida separação, enquanto 3,3% não souberam responder e 0,8% afirmaram que não há coleta em suas ruas.

A falta de informação também aparece quando o tema é a destinação correta dos resíduos recicláveis. Para 63,5% dos entrevistados, não há conhecimento sobre locais apropriados para esse fim em suas cidades. Apenas 35,2% afirmam saber onde levar os recicláveis, número que indica a necessidade de maior divulgação e estruturação da logística reversa.

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