Sétima edição do encontro acontece nos dias 1º e 2 de outubro, no auditório da Fecomércio RJ

O Movimento Rio em Frente chegou à sua 7ª edição consolidado como um espaço de debate estratégico e propositivo. Criado em 2019, o encontro reuniu empresários, especialistas e representantes do Poder Público em torno de soluções capazes de fortalecer a competitividade do Rio de Janeiro e melhorar o ambiente de negócios.
Apresentado pela Fecomércio RJ e realizado pelo jornal O Dia, o evento ocorreu nos dias 1º e 2 de outubro, no auditório da sede da Fecomércio RJ, com transmissão em tempo real pelo YouTube e Facebook do jornal O Dia. A mediação dos debates foi do jornalista George Vidor.
Assim como nas edições anteriores, o Movimento Rio em Frente abordou temas contemporâneos que impactam diretamente a população fluminense e o setor produtivo. Questões como turismo e negócios, segurança, educação e inovação, relações de trabalho, competitividade, ESG, cultura, economia e tributação estiveram em pauta ao longo dos dois dias de evento.
O primeiro painel da 7ª edição do Movimento Rio em Frente, apresentado pela Fecomércio RJ e realizado pelo jornal O Dia, na quarta-feira (01/10), abordou as estratégias para aumentar o fluxo de turismo e o consumo, com a presença do consultor da Presidência da Fecomércio RJ, Otavio Leite, e do presidente do Invest.Rio, Sidney Levy. Otavio Leite falou da implementação do Tax Free no Rio e enfatizou que aumentar o consumo é desencadear uma série de ganhos. Já Sidney Levy citou as ações da Prefeitura do Rio para incrementar o turismo na cidade.
O segundo debate manteve o tema turismo. A titular da Delegacia Especial de Apoio ao Turismo (DEAT), delegada Patrícia Alemany, o empresário e especialista em segurança e tecnologia Rodrigo Taveira e o professor Eduardo Vilella, referência em segurança pública e turismo, discutiram como a tecnologia pode ser usada a favor do turismo. Segundo Patrícia Alemany, atualmente a polícia não faz nada sem tecnologia, que está sendo usada para facilitar as operações e para reunir provas necessárias para futuras condenações. O especialista Rodrigo Taveira lembrou que uso das câmeras privadas pelo poder público já é uma realidade e o desafio é transformar isso em sensação de segurança para o turista. Para o professor Eduardo Vilella, onde há violência, não há turismo. Porém, o Rio de Janeiro, de acordo com ele, tem uma marca muito forte e continua atraindo turistas, mesmo com a insegurança.
No terceiro painel, foi debatida a educação continuada no tempo de Inteligência Artificial, com o professor da UNIRIO, especialista em inovação e propriedade intelectual e ex-presidente do INPI, Jorge Ávila. Para ele, o desafio, hoje, é treinar equipes para o uso correto da Inteligência Artificial. Jorge Ávila ressaltou que existe um esforço das empresas para qualificar quem já está no mercado, não apenas quem está entrando. O professor da UNIRIO destacou que as novas tecnologias estão mudando as relações de trabalho e ajudando a executar tarefas criativas e intelectuais.
O quarto painel teve a participação dos consultores jurídicos da Fecomércio RJ Carlos Américo Freitas Pinho e Jacqueline Lippi, que falaram sobre as novas formas das relações de trabalho e as negociações coletivas. A advogada Jacqueline Lippi afirmou que o empregador tem que suportar uma série de questões e que a principal delas é a insegurança jurídica. Já o advogado Carlos Américo Freitas Pinho disse que o acordo em uma negociação coletiva é sempre mais produtivo para empregadores e empregados.
O quinto e último encontro do primeiro dia do Movimento Rio em Frente teve o tema “Rio Competitivo 2032: com o fim dos incentivos fiscais” e reuniu o assessor da Presidência da Fecomércio RJ, Delmo Pinho, e do presidente do Sindicarga, Filipe Coelho. Delmo Pinho afirmou que a perspectiva é que o Rio cresça no segmento econômico da logística e que as expectativas são as melhores possíveis para quem tem infraestrutura. Para o presidente do Sindicarga, Filipe Coelho, a retomada do desenvolvimento do estado passa pelo tripé infraestrutura, questão fiscal e segurança pública.
O primeiro painel do segundo dia do Movimento Rio em Frente abordou “Integridade, Sustentabilidade e Escuta Ativa: A Jornada do Sistema Fecomércio RJ”, com a participação dos consultores da Presidência André Meira e Bruno Dubeaux, e Renata Brandão, ouvidora do Sistema Fecomércio RJ. Foram abordadas iniciativas do Sistema Fecomércio RJ como prevenção às irregularidades, Programa de Integridade, Desafio ASG e o Prêmio Visão Consciente.
O segundo painel contou com a participação de Marcelo Campos, especialista em cultura e economia criativa, e a diretora do Coletivo de Bonecas Indígenas Anaty, Luakam Anambé. Revitalização de galerias artísticas e exposições itinerantes foram algumas das ações citadas por Marcelo, como uma exposição indígena que modificou a perspectiva do que é ser indígena no Brasil. Nascida no Pará, Luakam se inspirou na paixão por bonecas para desenvolver o Coletivo, projeto que gera independência para mulheres. As bonecas são confeccionadas 100% com produtos naturais e homenageiam as guerreiras indígenas.
Finalizando a 7ª edição do projeto, o último painel teve a participação do consultor da Fecomércio RJ, Guilherme Mercês, e do consultor tributário da Federação, Gilberto Alvarenga. Mercês traçou panorama econômico do ambiente de negócios fluminense e Alvarenga abordou pontos fundamentais da reforma tributária. Segundo ele, o aumento da carga tributária não significa aumento de arrecadação. Mercês pontuou sobre a janela de oportunidade da reforma tributária, fazendo com que as empresas repensem sua localização por conta da questão tributária.