No encontro promovido pela CNC, Otavio Leite destacou o trabalho da federação do Rio para a implantação do programa Tax Free no Brasil

A CNC promoveu, nesta terça-feira (18/11), o Fórum Comércio Exterior – Desafios e Oportunidades, com apoio da Assessoria das Câmaras Brasileiras do Comércio e Serviços da CNC (ACBCS) e da Assessoria de Gestão das Representações da CNC (AGR). Otavio Leite, consultor da Fecomércio RJ; José Carlos Raposo, presidente da Feaduneiros; Fabio Bentes, economista-chefe da CNC e Felipe Miranda, coordenador legislativo da Diretoria de Relações Institucionais da CNC, participaram do painel.
“O comércio internacional é uma avenida de duas mãos. É importantíssima a atuação da CNC porque quem movimenta maior parte do comércio internacional é o nosso comércio”, disse José Carlos Raposo.
Otavio Leite abordou a integração entre esfera privada e política pública e aproveitou para abordar a importância do Tax Free.
“Cada produto vendido para o exterior tem um retorno para nossa economia. Na parte de serviços também, como é o caso do turismo. Quando o turista consome no nosso país, estamos exportando os produtos comprados por esse visitante. Em 2024, os brasileiros gastaram US$ 14,8 bilhões no exterior em viagens, ao passo que os estrangeiros gastaram US$ 7,3 bilhões aqui. Para melhorar o cenário das contas internacionais precisamos trazer mais turistas e, sobretudo, estimular para que eles consumam mais e mais aqui. Nesse contexto, o Tax Free é uma ferramenta essencial”, ressaltou.
Felipe Miranda falou sobre a interlocução com o Congresso Nacional.
“O GT que debate políticas de fomento à exportação é essencial pois vivemos num momento em que os países estão cada vez mais voltados para o aumento da exportação. Esse estudo abrange três esferas: incentivo às exportações; infraestrutura portuária; e parcerias internacionais e alíquotas entre os países. É necessário que o setor produtivo avance com ideias e sugestões para que essas políticas avancem de acordo com o que nossos representados necessitam”, pontuou.
Fabio Bentes contextualizou o panorama econômico frente ao tarifaço.
“Quando pensamos em comércio exterior, devemos levar em conta a estrutura para escoar as nossas safras. O setor de turismo, por exemplo, precisa resolver as questões estruturais, como a segurança pública. O tarifaço, no primeiro momento, assustou a todos. Com o agravamento da crise, o Brasil sabiamente tomou a decisão de não retaliar. O aumento da tarifa unilateral iria impactar internamente diversos setores. Em julho/agosto, com a redução dos produtos impactados pela tarifa, o impacto foi minimizado. Com a aproximação com o governo norte-americano, foi produzido um efeito positivo, com a anulação e redução de algumas tarifas”, explicou.