Usina em Seropédica promete transformar lixo da Ceasa em energia e biocombustível

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Projeto destacado no videocast O Rio Pod+ prevê parceria com a Universidade Rural e a Shell, incluindo o primeiro “posto verde” do país

Foto: Arteiras Comunicação

Um projeto para instalar uma usina de reciclagem em Seropédica, capaz de transformar as cem toneladas de lixo orgânico geradas diariamente pela Ceasa em biocombustível e eletricidade, foi o destaque do mais recente episódio do videocast O Rio Pod+, produzido pela Fecomércio RJ. A iniciativa, desenvolvida em parceria com a Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) e a Shell, inclui ainda a criação do primeiro “posto verde” do país, que não venderá gasolina.

No episódio, o presidente do Sindicato do Comércio Atacadista de Frutas do Rio de Janeiro (Sindifrutas-RJ), Waldir de Lemos, explica que a proposta busca dar destino sustentável ao enorme volume de resíduos produzidos diariamente na central de abastecimento. Segundo ele, o projeto representa um salto tecnológico e ambiental para o setor, ao mesmo tempo em que cria novas oportunidades de eficiência energética.

A partir desse tema, o dirigente sindical relembra sua trajetória e ressalta a relação histórica que tem com o abastecimento no Rio de Janeiro. Um dos fundadores da Ceasa — inaugurada em 1974 na estrutura de Irajá após a transição do antigo Mercado de Madureira — ele conta como assumiu a administração do condomínio em um período crítico, encontrando o espaço deteriorado. Com o apoio direto dos comerciantes, liderou, há 26 anos, uma reforma estrutural que custou quase R$ 50 milhões.

Apesar dessa relevância, o presidente do Sindifrutas-RJ avalia que a Ceasa vive hoje um momento frágil. O movimento caiu, segundo ele, e a central, que já foi a segunda maior do Brasil, ocupa agora a quarta posição. Waldir de Lemos atribui o cenário à concorrência de estados que vendem diretamente para redes de varejo e, sobretudo, a problemas logísticos, como o horário de funcionamento.

“Abrir às 6h é incompatível. A feira começa às 6h. Precisaria abrir às 4h”, afirma.

Ele também destaca o apoio da Fecomércio RJ ao Sindifrutas, especialmente nas negociações coletivas com os sindicatos de empregados, e descreve a dinâmica do setor, marcada pela oscilação diária de preços e pela alta perecibilidade dos produtos.

“Trabalhamos contra o tempo. O produtor colheu, o prazo corre e se não vender rápido, apodrece”, resume.

Assista ao episódio completo em https://www.youtube.com/watch?v=j0Dl6ByPv14

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