O índice IFec RJ, termômetro da atividade econômica dos setores de comércio de bens, serviços e turismo, caiu pela terceira vez consecutiva em junho e registrou valor de -0,87, frente a -0,26 registrado em maio. A queda representa uma aceleração da deterioração da atividade econômica, que já vinha perdendo o fôlego a partir de março de 2019.
O índice também nos permite entender as principais fontes responsáveis pela sua queda. Entre maio e junho, todos os cinco grupos que compõe o índice contribuíram negativamente para o resultado observado. O grupo emprego e renda foi o maior responsável pelo resultado negativo do índice. O agrupamento reúne estatísticas do Caged como saldo, admissões e desligamentos do setor. Não é de se espantar que o emprego tenha sido o componente a puxar o índice para baixo. As estatísticas relacionadas ao emprego formal têm até agora frustrado as expectativas de recuperação. Entre janeiro e abril, último dado divulgado pela Secretaria do Trabalho, os setores de serviços e comércio eliminaram aproximadamente 3.800 postos de trabalho formal.
Índice IFec RJ: um termômetro do setor do comércio de bens, serviços e turismo
Dado a tendência de as pessoas olharem um termômetro para avaliar o ambiente econômico, a FGV-IBRE desenvolveu junto com o Instituto Fecomércio de Pesquisas e Análises (IFec RJ) um índice com as propriedades desejadas de um termômetro: o índice sintetiza informações econômicas relevantes e é divulgado mensalmente com somente um dia útil de defasagem. Esse novo indicador, o índice IFec RJ*, usa as informações contidas em 51 variáveis econômicas do Rio de Janeiro para capturar o ambiente do setor do comércio de bens, serviços e turismo.
Lançado em maio, ele será uma importante ferramenta para todos aqueles que buscam entender o contexto em que o setor de serviços está inserido. Para formuladores de políticas públicas, o índice ajudará a adequá-las ao ambiente econômico. Já para o setor privado, ele fornece um instrumento relevante para fundamentar tomadas de decisão.