O Fórum de Desenvolvimento do Rio, órgão da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, em parceria com a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Emprego e Relações Internacionais abriu, no dia 29 de abril, no Palácio Tiradentes, o seminário “Desafios do Emprego no Estado do Rio de Janeiro”. A programação inclui encontros entre autoridades federais, estaduais e municipais e gestores do Sistema S, universidades e instituições da sociedade civil organizada para identificar os principais desafios da geração de emprego e renda no estado também nos dias 06, 13 e 20 de maio.
O presidente Antonio Florencio de Queiroz Junior discursou na abertura do seminário, seguido de apresentação do economista-chefe da Fecomércio RJ, João Gomes. Para o presidente da Federação, o abandono escolar é um fator alarmante entre os jovens e adolescentes. “Isso assusta bastante porque é o futuro e precisamos de uma solução através da educação”, ressaltou o empresário.
Durante sua apresentação no plenário da Alerj, o economista João Gomes falou sobre o mercado de trabalho a partir dos indicadores sociais do estado. Segundo os dados apresentados pelo estudo, mulheres negras e jovens com idades entre 14 e 17 anos são os que mais sofrem as consequências do desemprego. Entre 2012 e 2018, o número de menores de idade sem emprego cresceu de forma acelerada, alcançando a taxa de 60%. Já as mulheres negras apresentam taxa de desemprego de 20,7%. O número representa mais que o dobro da taxa dos homens brancos, que é de 10,1%.
De acordo com o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Emprego e Relações Internacionais, Lucas Tristão, o Rio de Janeiro é o estado que mais perdeu postos de trabalho e continua estagnado com a economia decrescendo. “Espero que os encontros do seminário ofereçam atos efetivos para que os cidadãos tenham condições necessárias de gerar emprego e renda”.
Para o presidente da Alerj e do Fórum de Desenvolvimento Estratégico, deputado André Ceciliano (PT), o desemprego se deve a vários outros fatores, além da crise econômica. “As novas tecnologias têm feito o número de empregos diminuir, o trabalhador pode ganhar melhor, mas em compensação nós perdemos vagas de emprego”, destacou Ceciliano.